O Cafa... (parte 1)

Domingo – 04:00am
Bar Sinuca

_ Como assim? Você desce sozinho? Não to entendendo.

_ Por nada, é que você...
Sabe né, você é meio cafajeste, não é do tipo que se apresenta para família.

_ E foi isso o que ela me disse, e ai descemos separados, ela na frente eu atrás, como se nada tivesse acontecido.

_ Fala menos e joga mais!!!

_ Ela disse que sou cafajeste! Você acredita nisso, cafajeste, aff.

_ E é mentira? (tom irônico, com risos)

_ Não! Mas com ela eu não fui, você pode me falar isso porque me conhece, mas ela não.

_ Beleza, esquece isso, esquece essa vaca que é mais uma só, ganhei, vamos embora.

_ É isso ai, foda-se!


Domingo – 14:30pm
Restaurante

_ Hum, acho que vou comer mais um pedaço desse bolo, estava ótimo.

_ Cara, sabe que até agora eu não estou acreditando!

_ No que?

_ Porra!? Naquela vaca!
Ela me chamou de cafajeste...

(risos) _ Você realmente encanou com isso hein!
O garanhão ta apaixonado? (gargalhada)

_ Não! Mas poderia estar, como ela saberia, ela se quer me deu uma chance, como ela pode me julgar assim.
Quando você fica com alguém, quer queira quer não, você abre uma possibilidade para isso.

_ É, eu te conheço, você sempre entra de coração aberto, nas outras duas mil quinhentas e trinta e duas vezes você se permitiu se apaixonar, eu sei, eu vi. (muita ironia e gargalhadas)

_ O que ela pensa, me senti usado, mexeu com os meus sentimentos.

(gargalhadas) _ Sentimentos? Você ta apaixonado!
Para que eu to passando mal, acho que comi demais! (risos)

_ Meu ego, ela levou o que comprou, eu não nego, eu não presto, mas eu sou sincero, agora ela me vendeu uma coisa que não é, eu comprei uma princesa, mas acho que levei a bruxa,

_ Hum, 45 graus a direita olha isso!
Eu vô!

_ Garçon, a conta por favor.
Eu também! Vambora!


Continua...